MUNDO ÃO
Certamente que sim, porém, todavia eu espero que não
Desculpe-me porque talvez eu seja mais um sem educação
Por isso estou aqui implorando cair migalhas do teu pão
Me humilho e depreco que não me chutes como a um cão
Cão, então, eu não sou não, mas de qualquer forma
Vale a pena chamar a atenção
Se não há outro jeito senão um retrato bizarro e fedido
Medonho e desprovido de amor e sabão
Pode até tentar evitar, fechar a janela do carro no farol e avançar
Pois tens a direção
Só que, de uma forma ou de outra a vida dá voltas meu caro
O mundo não está em tuas mãos
“Por quê”, você quer perguntar, tudo tem que aqui terminar em “ão”
Não é um superlativo e nem um adjetivo o que eu quero é que a rima termine
Em revolução.
Ricardo Lacerda Zaccharias
Presidente Prudente, 02/12/2011